sexta-feira, fevereiro 20

Retrospectiva... Ao amor

Não estava tendo um bom dia naquele 14 de janeiro, era mais ou menos 3 da tarde e você me apareceu docemente. 
Assim como todo início de conversa, foi tranqüilo, frio levemente confortante e se fez um laço de confiança muito grande poucas horas depois... Já te falava das minhas angústias e dos meus contratempos, dos meus problemas e ouvia você me dizer sobre teu namoro com teu ex-namorado off que não ia muito bem.
Brincamos, rimos... Você descobriu que eu gosto de rosa bebê e eu descobri que você usa esmaltes escuros porque de fato é um mulherão. Daquele dia posso lhe dizer hoje com toda certeza, que ao te ver chegar em minha vida tão delicadamente, pelo menos uma linda amizade brotava ali.
Você me falou de quão péssima estava tuas férias, e como todos os nossos assuntos, acabou em risos, quando disse pra alugar uma Kombi com amigos e levar sandubão no papel alumínio.
Tá, depois disso outras conversas vieram, me contou tudo sobre teu castelo (minha princesa), onde ficava.. e certamente disse isso tudo pra que quando me desse uma louca agonia, eu partisse rumo ao sul em teu encontro... Mas isso, falaremos mais pra frente.
Foi ai que surgiu o termo princesa e teus derivados que sabemos de cór, claro que no começo gerou um conflito de digitação, mas depois foi sanado com a prática e hoje é o nosso adjetivo preferido quando o termo de posse vem antes, meu pginssezo, minha pginsseza.
Ta, vamos evitar muitos detalhes e prosseguiremos esta curta, porém maravilhosa retrospectiva.
Cinco dias depois nos encontramos, foi mágico. Estávamos mais alegres, felizes, não me lembro por qual motivo eu e você transpirávamos felicidade, prefiro acreditar que era no fato da gente ter se reencontrado. Tudo isso acontecia em off, os nomes próprios era Igor e Adriana, o assunto indicava uma aproximação muito necessária e levemente tendenciosa. Era intenso.. até que eu lhe disse:
’Igor: Eu costumo me apaixonar por pessoas que tenho contatos intensos como este aqui, o que você tem a dizer a respeito?’
E o mais engraçado naquele momento foi você desconversando, sem saber que não haveria possibilidades de fugir, disse:
’Adriana: Ahm, eu queria mandar um beijo pra minha mãe e pro meu pai, e pra minha periquita e pra minha prima fdp’
Como tudo que dizíamos acabara em risos, não foi diferente... Mas a semente foi plantada.
Desencontros vieram depois, voltamos a nos falar somente dia quatro deste mês, mas a lembrança de tudo que foi dito, continuava latente, firme... E foi fácil enganar o coração e seus compromissos por alguns instantes para viver novamente aquele ar de apaixonados juvenis.
Você me contou que teu namoro não tinha prosseguido, por dentro festejei... mas por fora, quis te demonstrar que as coisas são assim, às vezes nem valorizam quem tanto merece e que era difícil acreditar que exista quem não queira tanto ter esse carinho que hoje você dedica a mim, entretanto, existia problemas online para serem resolvidos, mais uma vez você ouviu meus lamentos, minha falta de percepção e talvez também de consciência... quando quis engolir toda minha impulsividade e a transformava em cobrança e conformismo. Você me ajudou, esteve do meu lado... Daí eu percebi que minha vida mudaria, seria o sufiente pra ser melhor, pra ser único, confessei que não queria mais de forma alguma sair do teu lado. Contratempos... Conheci teus dotes lingüísticos... Espanhol é uma língua muito sexy, eu confesso aqui que ganhou muitos pontos comigo ao me desejar uma boa noite. Quando lhe disse que ia para o futebol, marcaria vários gols dedicados a você e ainda faria o coraçãozinho do Alexandre Pato dedicado exclusivamente para naquela altura, MINHA Adriana.
Já no outro dia, percebi o quanto necessitava da tua presença, aconteceu que lhe declarei tudo o que sentia, que sem pensar deixaria tudo por você, mas tinha medo do arrependimento. Praticamente juntos, eu pelo menos me sentia contigo, tive uma noite maravilhosa com um sono tranqüilo, provavelmente com sonhos agradáveis (nunca me lembro dos meus sonhos) e uma manhã seguinte perfeita, sem minhas rotineiras dores de cabeça.
BOMBA.. Chamei tua irmã de cunhada, e a casa caiu. Resumirei essa parte desagradável, em mim doeu bastante. 
Pude crer no amor de irmã que sente por ela, onde você abriu mão da minha companhia pra não contrariá-la. Cessamos o contato logo depois que me vi sem chão, havia deletado todo mundo de um perfil fake, inclusive você, estava perdido, estava sem ar, nada tinha o mesmo gosto, ninguém tinha o mesmo encanto e não valia de nada te procurar em outras pessoas, mas me contentei com o pouco que ainda me restava. Fiquei relativamente bem, não o suficiente.
Daí meu tormento voltou a me perseguir implacavelmente... Comecei a me culpar por estar cobrando, por não receber, por não me sentir bem. E num sábado seguinte, você me aparece em um tópico em uma comunidade. Para meu espanto, você resolveu a falar comigo... Fiz-me de difícil, tanto porque as coisas não estavam tão fáceis pra mim, mas cedi... Foi rápido, foi intenso, foi mágico... Quando percebi já tinha recuperado o ânimo, a vontade de tê-la constantemente, senti força no que dizia, e usava esta para superar os problemas que paralelamente eu vivia, senti tua presença, teu calor... Como se tua respiração quente trepidasse minha camiseta enquanto te abraçasse, mesmo não sentindo o tal verdadeiramente.
Senti-me a pessoa mais feliz deste mundo com teu regresso, hoje estou mais feliz e nada que vivi até hoje se compara ao carinho que sinto das tuas mãos... Na ponta dos teus dedos, transformados em palavras.
Meu problema se desfez por si só. A primeiro momento, aceitei tudo como se fosse o fim do mundo, mas perai!! Meu mundo é você, antes de tudo sempre foi, e agora... mais do que nunca, já me sentia suficientemente bem para prosseguir, você estava do meu lado, sentia tua presença, tua segurança, teu carinho, tuas palavras.
Pode ter certeza que no momento que lhe pedi em namoro, eu não me senti pressionado, não me senti obrigado, fiz este pedido por estar completamente protegido com teus cuidados, e devido a este sentimento, estou aqui, inspirado a lhe dedicar todo o carinho que você merece, merece muito mais, porém sou limitado... E é só o que consigo neste momento lhe dedicar neste momento.
Desde de o dia 18 de fevereiro, dois dias para hoje, você me fez sentir como é ser uma pessoa amada, eu sinto esta tua dedicação e sou totalmente grato por tê-la aqui comigo.
Somos namorados, claramente percebe-se que jogaria tudo pro alto pra vender picolés em Bariloche contigo, desceria de bicicleta por 4 ou 5 estados (eu acho, sou péssimo em Geografia) só pra chegar suado e satisfeito em tua frente, pra lhe pedir um copo com água... Awn, te imaginar me faz tão bem.
Finalizando, quero que saiba de um detalhe muito importante em minha vida, uma revelação quase que bombástica... uma arma a teu favor.
Eu aprendi a estar sozinho, aprendi a estar mal acompanhado, aprendi em pouco tempo que não existe vida sem você... mesmo que tudo (Lê-se tudo: Meu amor por você, que é bem mais que tudo) seja queimado de uma só vez, não vou desistir de você, não vou deixar você partir sem uma boa explicação (Nenhuma explicação seria convincente para partir), não deixarei que me deixe, você está condenada a me agüentar, está satisfeita?
Se não estiver, agora estará. Eu te amo Adriana.

quarta-feira, fevereiro 18

Pequeno Alarde

Todas as vezes que dizia 'tudo terminou', lutava contra mim mesmo buscando afirmações de que realmente vale a pena prosseguir... Está no meu histórico lutar sempre quando não ligam realmente para o que quero.
Várias e várias desculpas, são forças desiguais e quem perde sou eu. Estou perdendo sendo prudente ou impaciente... Tranqüilo ou impulsivo.
Egoísmo falar sobre tal banalidade enquanto hoje existem vários outros problemas com que devo me preocupar, mas eu me preocupo, liberdade vai te fazer bem. Fácil entender o motivo, só a trivialidade que me espanta.
No meu consciente percebo que é superável, que logo passa e essa dor é só um alerta para não deixar de ser o que sempre fui. Mesmo com conselhos importantes de pessoas que quero bem, vou dar ouvidos somente ao que ecoa dentro de mim, aos meus ensaios, textos e encenações. A cada ato encenei a indiferença do que é amor, sob os teus atos... Foi a peça que interpretei o improviso e o insensato.
Essa falta que está me fazendo eu já sabia. Há muito estive ausente e quem me entende não recebeu a circunstância exata e tão pequena do fato, só me resta frustração.
Se há ‘tentava’ já não tento mais.
Transformo em dor o que é vaidade ao ter amor, e não existe orgulho... Faço da mentira, liberdade e do meu quintal faço metrópoles. Mania de fazer tempestades com copos de água.

segunda-feira, fevereiro 16

Piedade

Não quero guiar ninguém pela voz e nem ajudar com pouco quem não merece, nunca vou plantar sementes do mal em jardins que não nasce nem erva daninha. 
Atenção? Para as pessoas de alma bem pequena, que se importam com problemas pequenos, que querem aquilo que não tem e não se movem para conseguir?
Só tenho a oferecer minha piedade, meu despreso...
Pra quem não vê a luz, quem vive de miniverdades, contando dinheiro, quem não sabe amar, pessoas caretas, levianas e religiosas.
Quero investir sem riscos, quero capacidade comprovada pra maldade. Os que cantam pra pessoas fracas, os que nunca perderam uma viagem... quem vê a covardia como prudência e quem chora por arrependimento falsificado.
E pra mim, quero paciência pra superar o dia e a noite. 
Só paciência.

quinta-feira, fevereiro 12

A mesma Sintonia

Beijo partido de vidro incandescente. De cores escorridas e pincéis sujos. 
Beijo que deram no papel branco no canto jogado. 
Beijo cheio de ausências, de cortes e dores, de braços cansados. 
Beijo de caminho sem volta, de quarto vazio. 
Beijo sem boca, sem corpo, sem custo. 
Beijo no claro e vazio da minha alma que se solta... Calma.
É só um beijo, sinta esse calor que é com amor, que lhe transmito. 
Sintonize-se. 

quarta-feira, fevereiro 11

Impáfia, altivez, soberba, amor-próprio... ou como quiser chamar.

O mundo acaba hoje, não ligo para o que não fiz.
Nunca lhe disse para ser perfeita, ter vários amigos e que fechasse os olhos para alguém que não viveu sua verdade, eu não sou dono de ninguém e isso me irrita, só me ficou o desespero.
Ninguém muda por ninguém, não sou dono da verdade, cuidado comigo e meu ar ditatório.
Venderia minha alma pra poder me ver em teus olhos, e é igual pra com mundo o desejar e não ter, mas sinto a dor só em mim.
Não quis ser tão fácil de esquecer, quis me gravar em tua memória, quis fazer por merecer.
Lutaria sem escrúpulo, cegamente não ouviria nem minha própria voz, só pra ter você.
Nossos laços estavam enfraquecidos com os passos em falsos, nem sua forte articulação me prendeu a cautela.
Surpreendentemente não consigo dizer se vale à pena lutar sobre sol e chuva por tal sentimento que às vezes me dá medo.
Este que necessariamente era vital ficou dispensável... Medo deveria ter de desistir, o meu ar, minha passagem não são as mesmas e nada faz sentido. Não há fogo que me aqueça, não a frio que me cause arrepios, sem você sinto o verdadeiro sentido do cotidiano.
Habituei-me a te esperar, lixei as unhas até perceber que passou da hora pra ter feito alguma coisa, neste momento estrelas são simples pontilhados indecifráveis.
A pergunta que faz um nó de marinheiro em minha garganta é: ‘o que fiz para este amor, não merecer?’, e tudo se transformou em amargura, e para a vida a partir de agora, ofereço o orgulho, pois é o que me resta.
Doloroso é este entulho chamado amor próprio que nos torna arrogantes, que não se divide com mais ninguém.

segunda-feira, fevereiro 9

Flores pra recordar

Quantas e quantas vezes já me peguei refletindo, sentindo a saudade doer enquanto esta lembrança tua me alegra.
Questiono-me todo dia se realmente existiu necessidade de nos distanciarmos, sendo que além de me sentir bem, me senti completei por inteiro naqueles dois maravilhosos meses que estivemos, eu e você, juntos.
Aprendi diversas coisas importantes que trago comigo até hoje. Aprendi que sempre haverá um sorriso amigável teu pra despertar o meu, um olhar doce pra me orgulhar. Você me deu possibilidade para me conhecer em outro alguém, me encontrar em outros olhos.. E o que me ensinou não fica só nisto.
Estudei-me todos os momentos pós você, então descobri que não quis terminar assim.
Quis que me impedisse, quis que demonstrasse força pra me manter do teu lado, quis que não deixasse eu agir impulsivamente. Não queria que olhasse como se fosse um fim, necessitava da tua exatidão para superar meus maus momentos, quando estava dizendo que não queria mais, dizia: Mostre-me que realmente vale a pena.
Foi árduo aceitar minha própria decisão, mas minha maior conquista nestes tempos, foi continuar contigo aqui até me reencontrar em você, mesmo que distante, mesmo que ausente.
Hoje lhe devolvo todos os sorrisos que me proporcionou imperceptivelmente, te imagino e o sorriso chega espontâneo, religiosamente pensava em você, já hoje é nostálgico, pois passeando pelos meus pensamentos com tanta nitidez, só você.

Nem distante deixo de lhe querer o bem, aliás... Te amo a perder de vista. 

sábado, fevereiro 7

Só o que restou

Foram-se alguns meses (talvez mais de ano) que fiquei certo do que eu sentia. Foi um momento único e impossível de se reproduzir.
Esperei-te, ansioso pelo teu abraço, pelo teu olhar. Resplandeci ao tê-la.

Houve momentos singulares... Flores, vapores, cheiros, bebidas com tons dourados, fuga, pétalas, frio, calor.
Ah, porque o tempo passa? Se houvesse possibilidades de voltar no tempo, queria também perder a astúcia... Recuperar a inocência. Só assim veria prazer nos mínimos detalhes novamente e os aproveitaria com toda voracidade possível. Relaxaria mais, daria valor secundário a sentimentos secundários, intensificaria o preço da real felicidade que só você me proporcionou.

Eu te perdi e agora só me resta a consciência do meu erro.
De ter me importado com superficialidades, bobeiras, risos complacentes, telefones infortúnios, recados inconveniente, palavras descomunais.
Quando erramos, o exagero fica evidente.
Arrependo-me de não lhe dizer que te amo todas as vezes que pude. Arrependido por ter sido incapaz de perceber que você sorria pra mim, e não de mim. Arrependido de todos os momentos que te deixei estressada com meu excesso de calma. Arrependido por não tê-la aqui este momento pra ouvir os meus lamentos.
Meu consolo é, o tempo não volta atrás. Assim não posso errar contigo novamente.
Aceito serenamente que raiva, ódio, violência foi só o medo que eu não tive, te amei passivamente... Deveria ter lutado por você com todas as minhas forças.