sábado, novembro 28

Meu mal eu quem crio

Tenho dificuldade pra ser regular, comigo é sim ou não. Queria ter mais opções, queria ter um controle maior sobre mim, ou algum... quem sabe assim a loucura não tome conta da minha cabeça. Não tenho obrigação nenhuma, já que nesta órbita tudo é deslumbramento, não vale de nada sonhar só pra acordar no outro dia e ver que seus bens, suas excitações e monotonias continuaram e toda manhã de domingo será como qualquer outro dia comum. Mudar, o que nos cerca nos muda, mas antes nos maltrata. Raspei meu cabelo na busca de um habitat e fui culpado por tudo que ouvi, não fiz nada pra mudar e nem mesmo pra ser melhor. Aparentemente mudei, mas dentro de mim o reino da amargura é infindável. A auto-confiança anda ao lado do ato de fingir, e ter o dom de errar consecutivamente é uma dádiva. Errar propositalmente é esperteza ou talvez carência. Existe um contraste, como se o mundo quisesse se lembrar de mim, me cegando com a paz levando-me ao vermelho da guerra e ao negro do sono profundo. Um cão que sacoleja mandando raios e trovões, tentando expulsar minha presença com terremotos. E continuo criando meu próprios refúgios, pobre de mim. O vinho em uma taça conduzida socialmente por um bêbado, respingando, reformulando, lavando e levando tudo que molha. Novidade... A tsunami. As catastrofes naturais são só exemplo de que quem criou o meu mal, foi eu mesmo e não me arrependo. E que as novas gerações cuide bem de si e de tudo para que não aprenda perdendo o pouco que lhe resta. Esta chuva contagiosa, antes festejada hoje representa marasmo da solidão.